sábado, 18 de dezembro de 2010

Rolling in the deep


O domingo foi acordando devagar. Esticava os braços e mostrava os dentes num sorriso pouco confiável. O vinho e o tabaco ainda trabalhavam nas últimas marteladas, orgulhosos do trabalho inútil e de gosto duvidoso. A vida, eclipsada pela imensa bola azul e vaidosa de seus mamilos improváveis, enrrodilhou-se aos meus pés. Com seus olhos remelentos e cúmplices afagou-me o coração: - Vem cá meu bem, não é de hoje que espero poder lamber-te as mãos, cheirar-te a nuca e voltar a ser tua...